sábado, 24 de outubro de 2009

EU SOU TU, poema de Jalal ud-Din Rumi

Sou as partículas de pó à luz do sol,
sou o círculo solar.

Ao pó digo: - Não te movas.
E ao sol: - Segue girando.

Sou a névoa da manhã
e a brisa da tarde.

Sou o vento na copa das árvores
e as ondas contra o penhasco.

Sou o mastro, o leme, o timoneiro e a quilha
e o recife de coral em que naufragam as embarcações.

Sou a árvore em cujo galho tagarela o papagaio,
sou silêncio e pensamento, e também todas as vozes.

Sou o ar pleno que faz surgir a música da flauta,
a centelha da pedra, o brilho do metal.

Sou a vela acesa e a mariposa girando louca ao seu redor.
Sou a rosa e o rouxinol perdido em sua fragrância.

Sou todas as ordens de seres,
a galáxia girante,

A inteligência imutável,
O ímpeto e a deserção.

Sou o que é e o que não é.
Tu, que conheces Jalaluddin.

Tu, o Um em tudo, diz quem sou.
Diga: Eu sou Tu.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PSICOLOGIA DO ESOTÉRICO um dos melhores livros de Osho

TEXTOS SELECIONADOS: Psicologia do Esotérico






By Osho

Psicologia do Esotérico
Por favor, diga-nos algo a respeito das tensões e relaxamento dos sete corpos.

A fonte original de toda tensão é tornar-se. A pessoa está sempre tentando ser alguma coisa; ninguém está à vontade consigo mesmo como a pessoa é. O ser não é aceito, o ser é negado, algo mais é tido como um ideal para vir a ser. Assim a tensão básica está sempre entre aquilo que você é e aquilo que você deseja vir a ser.

Você deseja tornar-se alguma coisa. Tensão significa que você não está satisfeito com o que você é, e você anseia por ser o que você não é. Tensão é criada entre esses dois. O que você deseja vir a ser é irrelevante. Se você deseja tornar-se rico, famoso, poderoso, ou mesmo que você deseje ser livre, liberado, divino, imortal, mesmo que você anseie por salvação, moksha, também assim a tensão estará presente.

Qualquer coisa que seja desejado como algo a ser realizado no futuro, contra você como você é, gera tensão. Quanto mais impossível for o ideal, a tensão está fadada a ser maior.
Portanto, uma pessoa que seja materialista é geralmente não tão tensa assim como aquele que é religioso, pois a pessoa religiosa está ansiando pelo impossível, pelo longínquo. A distância é tão grande que somente uma grande tensão pode preencher o intervalo.

Tensão significa um intervalo entre o que você é e o que você quer ser. Se o intervalo for grande, a tensão será grande. Se o espaço for pequeno, a tensão será pequena. E se não houver absolutamente nenhum intervalo, isso quer dizer que você está satisfeito com o que você é. Em outras palavras, você não anseia ser alguma outra coisa além daquilo que você é. Dessa forma sua mente existe no momento. Não há nada com o que ficar tenso, você está à vontade consigo mesmo. Você está no Tao. Para mim, se não houver nenhum intervalo, você é religioso; você está no dharma.

O intervalo pode ter muitas camadas. Se o anseio for físico, a tensão será física. Quando você busca um corpo particular, uma forma particular – se você deseja alguma outra coisa além do que você é no nível físico – então há tensão no seu corpo físico. A pessoa deseja ser mais bonita. Agora seu corpo fica tenso. Essa tensão começa no seu primeiro corpo, o fisiológico, mas se isso for insistente, constante, isso pode aprofundar-se e espalhar-se para as outras camadas de seu ser.

Se você tiver um tipo particular de mente e você quiser mudá-la, transformá-la – se você quiser ser mais sabido, mais inteligente – desse modo a tensão é criada. Só quando aceitamos totalmente a nós mesmos não nenhuma tensão. Essa aceitação total é o milagre, o único milagre. Encontrar uma pessoa que tenha aceito a si mesma totalmente é a única coisa surpreendente.

Existência em si mesma é não-tensa. Tensão é sempre devido a possibilidades não-existenciais, hipotéticas. No presente não há qualquer tensão; a tensão é sempre orientada para o futuro. Ela procede da imaginação. Você pode imaginar a si mesmo como alguma outra coisa além do que você é. Esse potencial que tem sido imaginado irá gerar tensão.

Assim quanto mais imaginativa a pessoa for, maior a possibilidade de tensão. Dessa forma a imaginação torna-se destrutiva. Imaginação também pode tornar-se construtiva, criativa. Se toda sua capacidade de imaginar estiver focalizada no presente, no momento, não no futuro, assim você pode começar a ver sua existência como poesia. Sua imaginação não estará criando um desejo; ela estará sendo usada no viver. Esse viver no presente está além da tensão.

Os animais não são tensos, as árvores não são tensas pois elas não possuem a capacidade de imaginar. Elas estão abaixo da tensão, não além dela. A tensão delas é somente uma potencialidade; não se tornou real. Elas estão evoluindo. Um momento chegará quando a tensão irá explodir no ser delas e elas começarão a ansiar pelo futuro. Isso está fadado a acontecer. A imaginação torna-se ativa. A primeira coisa sobre a qual a imaginação torna-se ativa é o futuro. Você cria imagens e devido a que não há nenhuma realidade correspondente, você prossegue criando mais e mais imagens. Mas no que se refere ao presente, você não pode ordinariamente conceber da imaginação em relação a isso. Como é que você pode ser imaginativo no presente? Parece não haver nenhuma necessidade disso. Esse ponto precisa ser compreendido.
Osho, Psicologia do Esotérico

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Como dar nascimento elevado aos seres


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"As pessoas estão presas, mas quando nós as vemos presas nós as aprisionamos, damos nascimento a elas como pessoas presas. Mas elas não estão presas! Elas pensam que estão presas e eu também penso que elas estão presas. Por isso, nós não permitimos que elas surjam livres.

Então o primeiro passo é nós recitarmos e vermos aqueles seres livres. Quando desenvolvemos essa visão, nós vemos a devastação do carma, porque nós, de modo geral, olhamos as outras pessoas e as aprisionamos com nossos olhares. Nós não permitimos lugares às pessoas, não damos nascimentos de liberdade para elas. Nós as congelamos.


Quando nós começamos a ver que podemos dar nascimento de liberdade ao outro, nós vemos que nossas relações podem ser completamente diferentes. Vocês vão perceber que isso, por exemplo, produz uma grande diferença na relação com os "ex-alguma-coisa" (risos). Nós voltamos a um nível que até a expressão do rosto vai mudar. Nós vemos que: "Com que autoridade eu aprisionei o outro como meu marido ou minha mulher?", "Depois que ele/ela foi embora, eu ainda cobro coisas". Nos vemos completamente aprisionados dentro disso, sofrendo por um tempo tão longo quanto essa posição durar – infelicitando o outro, não permitindo nenhum surgimento favorável ao outro.

Podemos ver isso também com nossos filhos. Eventualmente nós não damo$s nascimento aos filhos no mundo, nós só damos nascimento aos filhos dentro de nossa casa, grudados em nossa mão. Se o filho tenta qualquer coisa, nós não conseguimos vê-lo livre. Ou seja, nós não damos nascimento: no nosso mundo não há espaço para ele surgir livre. Nós vemos a devastação do que significa dar nascimento inferior aos outros, e a devastação que isso causa para nós porque tentamos aprisionar o outro à nossa visão e ele anda, e aí temos sofrimentos no meio de tudo isso.

Nós vemos como é maravilhoso agora nós olharmos essas pessoas todas e agora nós vamos dar nascimento elevado para eles. Ou seja, eles podem, eles têm qualidades, todos eles têm a natureza de liberdade, eles podem fazer diferente do que estão fazendo. Nós começamos a pensar também assim. Não só vemos a paisagem, como na nossa mente começamos a raciocionar e podemos até dar sugestões, facilitar coisas, para aquele ser comece a se manifestar segundo essas qualidades que nós negávamos.

Então, quando nós damos esse nascimento sutil a partir de uma paisagem que inclua o outro de uma forma elevada, tudo se transforma."

* Ensinamento proferido pelo Lama Padma Samten em Abril de 2005, no CEBB SP.

Site: http://www.cebb.org.br/ensinamentos/280-como-dar-nascimento-elevado-aos-seres

Pensamento de Lama Padma Santem

Frase do lama

"Você não é a sua identidade, mas o criador dela. Não fique aprisionado ao que criou."

Q.I.

Garoto de dois anos tem QI igual ao de Einstein

Da BBC Brasil
Um garoto de dois anos e cinco meses, morador de Reading, a 40 km de Londres, obteve em um teste de QI (coeficiente de inteligência) uma pontuação equivalente à dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking.

Os testes de vocabulário e com números comprovaram que Oscar Wrigley faz parte dos 2% da população com QI mais alto.

BBC
Os testes de vocabulário e com números comprovaram que Oscar Wrigley faz parte dos 2% da população com QI mais alto
Com isso, Wrigley se tornou o mais jovem garoto a fazer parte da Mensa, a sociedade que reúne pessoas com QI alto.

O membro mais jovem da Mensa é a garota Elise Tan Roberts, de Edmonton, no norte de Londres, aceita no início deste ano à idade de dois anos e quatro meses.

Joe Wrigley, o pai do garoto, disse à BBC que através da Mensa espera poder encontrar outros pais de crianças com QI alto que os "ajudem" com a criação do filho.

Por ora, ele afirmou, o menino - que é muito jovem para frequentar a escola - será educado em casa.

A mãe de Oscar, Hannah, disse que, no início, pensou que seu filho era apenas "uma criança muito inteligente", mas que, aos 18 meses, o garoto já se sobressaía.

"Aos 18 meses eles devem conhecer por volta de 20 palavras. Nós começamos a fazer uma lista e paramos no número 600", disse.

O Sabor de Viver: Comentário de uma monja budista

Como dar vida às nossas vidas



As Transformações Começam Conosco
Monja Coen
Há um antigo ditado japonês:"Se houver relacionamento, faço; se não houver relacionamento, saio". Um Mestre Zen, no final do século passado, fez a seguinte alteração:"Havendo relacionamento, faço; não havendo, crio relacionamento".
Essa mudança de paradigma é extremamente importante. Devemos também lembrar que criar um relacionamento não significa, necessariamente, obter resultados imediatos, embora muitas vezes estes ocorram.
Novos relacionamentos em padrões antigos perdem seu significado. Precisamos criar relacionamentos a partir de novas maneiras de nos relacionar, de ver o mundo, de ser, de inter ser. Essa nova maneira pode, inclusive, recarregar de energia positiva antigos relacionamentos.
Para descobrirmos novas maneiras precisamos, primeiramente desenvolver a capacidade de perceber como estão nossos relacionamentos atuais.
Observe e considere meticulosamente a si mesmo. Perceba como está se relacionando em casa, na rua, no trabalho, no lazer. Perceba como respira, como anda, como toca nos objetos, como usa sua voz, como são seus gestos e como são seus pensamentos e os não pensamentos. Esse observar não deve ser limitante, constrangedor, confinador. Apenas observe. Como você se relaciona com o meio ambiente, biodiversidade, reciclagem, justiça social, melhor qualidade de vida, guerras, violência, terror, paz, harmonia, respeito, garantia dos Direitos Humanos? Como você e o seu logos se relacionam entre si e em relação aos projetos de sucesso, de lucro, de desenvolvimento e progresso de sua organização?
Como está se relacionando com o mais íntimo de si mesmo, com a essência da Vida, com o Sagrado?
Será que é capaz de ver, ouvir, sentir e perceber a rede de inter relacionamentos de que é feita a vida? Percebe e leva em consideração, na tomada de decisões, a interdependência?
Tanto individualmente, como no coletivo, nossa participação e compreensão como estão? Será que estamos conscientemente vivendo nossas vidas e direcionando nossos pensamentos, ações e palavras para o sentido de mudança que queremos e sonhamos?
Mahatma Gandhi disse: "Temos de ser a transformação que queremos no mundo".
Geralmente pensamos no mundo como alguma coisa distante e separada de nós, mas nós somos a vida do universo em constante movimento. Podemos até dizer que o mundo somos nós. Nossa vida forma o mundo, é o mundo, não apenas está no mundo. Inclui todas as formas de vida e seus derivados e nos inclui neste instante, instante após instante. Há um monge chinês do século VII, Gensha Shibi , que dizia : "O Universo é uma jóia arredondada. Somos a vida desse universo em constante transformação. Nada vem de fora, nada sai para fora".
De momento a momento tudo está mudando, nós fazemos parte dessa mudança e podemos escolher, discernir qual o caminho que queremos dar a esse constante transformar. É por isso que digo que a transformação começa em nós. Na verdade vai além de apenas começar. É em nós. Nossa capacidade humana de inteligência e compreensão nos permite fazer escolhas. E o que estamos escolhendo?
Outra frase de Mahatma Gandhi:"Quando uma pessoa dá um passo em direção à Paz, toda a humanidade avança um passo em direção à Paz"
A minha decisão, a sua decisão pode transformar ou influenciar a direção da mudança. Há um sutra budista que descreve o mundo como uma rede de inter relacionamentos. Como se fosse uma imensa teia de raios luminosos e em cada intersecção uma jóia capaz de receber essa luz e emitir raios em todas as direções. Qualquer pequena mudança afeta o todo. Cada ser que se transforme em um ser de paz, de harmonia, de ternura, carinho e respeito pela vida em todas as suas formas estará sendo uma mudança viva e influenciando tudo e todos.
Qual o primeiro passo? Conhecer a si mesmo. Conhecer nossos mecanismos.
O que nos afeta, nos incomoda? O que nos alegra? O que nos irrita? Como transformar a raiva em compaixão? Como transformar o desafio em competição leal, justa, empreendedora, enriquecedora? Sem nos preocuparmos com os créditos, se formos capazes de fazer o bem, não fazer o mal, fazer o bem aos outros estaremos transformando nossos lares, nossas amizades, nosso ambiente de trabalho, nossas organizações, nossas cidades, estados, países, nações, mundo... e a nós mesmos...no florescimento da Cultura da Paz.
"Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo é esquecer-se de si mesmo. Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo que existe. Transcender corpo e mente seu e dos outros. Nenhum traço de iluminação permanece e a Iluminação é colocada à disposição de todos os seres." (Mestre Zen Eihei Dogen - 1200-1253)
É importantíssimo que iniciemos este "estudar a si mesmo", já. Cada um de nós que perceber seu próprio mecanismo ficará em controle desse mecanismo e não mais à mercê de seus sentimentos e emoções, desejos e frustrações, puxado, empurrado, espremido e puxando, empurrando, espremendo - envenenados pela ganância, raiva e ignorância.
Imagine um mundo aonde podemos brilhar uns para os outros, sem ódios, mas com carinhoso respeito e terna compreensão. Percebendo nossas diferenças, aceitando a diversidade da vida e juntando nossas capacidades tanto intelectuais como físicas na construção desse verdadeiro Céu, Paraíso, Terra Pura, Shambala de que falam as religiões, todas elas.
Cabe a nós, a cada um de nós criar esse relacionamento de carinho com a vida, de ternura com todos os seres, de compreensão, de sabedoria e compaixão para percebermos o Caminho Iluminado e o Nirvana permeando toda a existência.Isso é dar vida à nossa própria vida.
* * *
Haverá explicação e prática da meditação sentada e caminhando, exercícios de plena atenção, momentos de pausa e de reflexão a fim de desenvolver a percepção de si mesmo, do outro e do meio ambiente, de como agimos, reagimos atualmente - nosso relacionamentos - e do que seria conveniente fazer para ocorrer mudanças (caso as considerem necessárias) ou direcionar transformações individuais e coletivas.
Do site: http://www.monjacoen.com.br/textos-budistas/textos-da-monja-coen/142-como-dar-vida-as-nossas-vidas

RESPONSABILIDADE!

VOCÊ é o Responsável!

“OSHO. Nunca nasceu…nunca morreu… apenas visitou este planeta Terra entre 1931 e 1990.”
(Inscrição na tumba de Osho)

Osho

Osho

Se há um fator que parece ser essencial (num sentido de obrigatório) para qualquer transformação, seja ela interior ou exterior, na vida de um ser humano, este é a responsabilidade. Qualquer autor, professor, mestre, guru, etc., honesto dirá que a primeira atitude que uma pessoa deve tomar, se realmente deseja mudar sua vida para melhor, é a de tomar para si 100% das responsabilidades por tudo que acontece consigo e a sua volta. Eu já escrevi, transcrevi e traduzi bastante textos sobre isso. E hoje, trago um novo texto de Osho, traduzido por mim, em que ele bate novamente nessa tecla: Pare de reclamar e culpar os outros. A responsabilidade pela sua vida e tudo o que acontece (ou deixa de acontecer) nela é toda SUA.

O texto é um trecho retirado do capítulo 5, do “Book of Wisdom”.

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Você é responsável

As pessoas freqüentemente fazem com que eu me sinta estúpido, como posso mudar isso?

A mente comum sempre joga a responsabilidade em alguém. É sempre o outro que está fazendo você sofrer. A sua esposa está fazendo você sofrer, o seu marido está fazendo você sofrer, os seus pais estão fazendo você sofrer, os seus filhos estão fazendo você sofrer, ou o sistema financeiro da sociedade, capitalismo, comunismo, fascismo, a ideologia política predominante, a estrutura social, ou o destino, carma, Deus… dê o nome que preferir!

As pessoas possuem milhões de maneiras de se esquivar da responsabilidade. Mas no momento que você diz que outra pessoa – X, Y, Z – está fazendo você sofrer, então você não pode fazer nada para mudar isso. O que poderia fazer? Quando a sociedade muda, e o comunismo chega e há um mundo sem classes, então todo mundo será feliz. Antes disso, não é possível. Como você pode ser feliz em uma sociedade que é pobre? E como você pode ser feliz em uma sociedade que é dominada pelos capitalistas? Como você pode ser feliz em uma sociedade que é burocrática? Como você pode ser feliz em uma sociedade que não permite a sua liberdade?

Desculpas e desculpas e desculpas – desculpas somente para evitar uma única ideia que é “Eu sou responsável por mim. Ninguém mais é responsável por mim; é completa e totalmente minha responsabilidade. Seja o que for que eu seja, sou minha própria criação.” Este é o significado do sutra.

Dirija toda a culpa para um

E este um é você.

Uma vez que essa ideia seja compreendida:

“Eu sou responsável pela minha vida – por todo o meu sofrimento, pela minha dor, por tudo que aconteceu comigo e que está acontecendo – eu escolhi dessa maneira; estas são as sementes que eu plantei e que agora estou colhendo os frutos; eu sou responsável – uma vez que esta ideia se torne uma compreensão natural para você, então tudo o mais é simples. Então a vida começa a tomar um novo rumo, começa a se mover para uma nova dimensão. Essa dimensão é conversão, revolução, mutação – por que uma vez que eu saiba que sou responsável, eu também sei que posso me desprender daquilo a qualquer momento que eu decidir. Ninguém pode me impedir de me desprender do sofrimento.

Alguém pode impedir você de abandonar a sua miséria, de transformar a sua miséria em felicidade? Ninguém. Mesmo que você esteja na cadeia, acorrentado, aprisionado, ninguém pode aprisionar VOCÊ; a sua alma continua livre. É claro que você está em uma situação bem limitadora, mas mesmo nesta situação limitadora, você pode cantar uma música. Você pode tanto chorar lágrimas de desamparo, ou pode cantar uma canção. Mesmo com correntes nos seus pés você pode dançar; então até mesmo o som das correntes irá adicionar melodia a isso.

Próximo sutra: Seja grato a todos.

Atisha é realmente muito muito científico. Primeiro ele diz: Tome responsabilidade total por si mesmo. Em segundo ele diz: Seja grato a todos. Agora que ninguém é responsável pela sua miséria a não ser você – se a miséria é toda coisa sua, então o que sobra?

Seja grato a todos.

Por que todo mundo está criando um espaço para você ser transformado – mesmo aqueles que pensam que estão obstruindo você, mesmo esses que você pensa que são inimigos. Os seus amigos, os seus inimigos, boas e más pessoas, circunstâncias favoráveis, circunstâncias desfavoráveis – todos juntos estão criando o contexto em que você pode ser tranformado e se tornar um Buda. Seja grato a todos – àqueles que ajudaram, àqueles que atrapalharam, àqueles que foram indiferentes. Seja grato a todos, pois todos juntos estão criando o contexto em que Budas são criados, em que você pode se tornar um Buda.