quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Albert Einstei e o seu Conceito sobre o Budismo

"A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Abrangendo os terrenos material e espiritual, essa religião será baseada num certo sentido religioso procedente da experiência de todas as coisas, naturais e espirituais, como uma unidade expressiva ou como a expressão da Unidade. O Budismo corresponde a essa descrição."

Albert Einstein
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Einstein Equacao da Vida e da Morte (Parte 1)


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Einstein Equacao da Vida e da Morte (parte 2)


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Einstein Equacao da Vida e da Morte (Parte 3)


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Einstein Equacao da Vida e da Morte (Parte 4)


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Einstein Equacao da Vida e da Morte (Parte 5)



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Einstein Equacao da Vida e da Morte (Parte 6)

Ver Por Si Mesmo e Não Crer (Budismo)

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Uma das características essenciais do Budismo é a rejeição de qualquer fé prévia. Crer é aceitar o que não sabemos se realmente existe.

Nos textos budistas muitas vezes encontramos a palavra saddha, que significa "confiança nascida da convicção". O Budismo é baseado na visão das coisas pelo conhecimento e compreensão, e não pela fé ou crença cega. A crença surge quando não há visão — visão em todo o sentido da palavra. No momento em que vemos, a crença desaparece e a fé cede lugar à confiança baseada no conhecimento.

Nos antigos textos existe um dito: "Compreender como se vê uma jóia na palma da mão". Se eu vos digo que tenho uma jóia escondida na minha mão fechada, a crença surge em vós porque não a vêdes. Porém, se abro a mão e mostro a jóia, vós a vereis por vós mesmos e a crença se dissipará, não tendo mais razão de ser.

Um discípulo de Buda, chamado Musila, falando a um outro monge, disse: "Amigo Savittha, sem devoção, fé, crença, sem tendência ou inclinação sem preconceito ou tradição, sem considerar as razões aparentes, sem especulação das opiniões, eu sei e vejo que a cessação do vir-a-ser é o Nirvana." Ouvindo isto o Buda disse: "Õbhikkhus, declaro que a destruição das corrupções e impurezas é para aquele que sabe e vê, e não para aquele que não sabe e não vê." Sempre é uma questão de conhecimento e visão, e não de crença. Como vemos, o ensinamento budista sempre nos convida para "vir e ver", e não vir para crer; convida a abrir os olhos e ver livremente, e não fechá-los, dando ordem a crer. Isto foi mais apreciado numa época em que a intolerância da ortodoxia bramânica insistia sobre a crença e aceitação de sua religião como única verdade incontestável.

Certa vez, um grupo de sábios brâmanes foi visitar Gautama Buda, com o qual teve uma longa discussão. Então um jovem brâmane, chamado Kapatikn, perguntou ao Mestre: "Venerável Gautama, as antigas e santas escrituras dos brâmanes foram transmitidas de geração em geração, mediante uma ininterrupta tradição verbal, através da qual os brâmanes chegaram à conclusão absoluta de que a única verdade seria a deles e qualquer outra seria falsa.

Ouvindo isto, Buda perguntou:

— Entre os brâmanes haverá um só indivíduo que pretenda pessoalmente saber e ter visto, por própria experiência, que esta é a única verdade e qualquer outra coisa é falsa?

— Não, Senhor — respondeu o jovem com toda a franqueza.

— Então, haverá um só instrutor, ou instrutor de instrutores dos brâmanes, anterior à sétima geração, ou ao menos um dos autores originais destas escrituras, que pretenda saber e ter visto, por própria experiência que esta é a única verdade e qualquer outra é falsa?

— Não, Senhor!

— Então, é como unia fila de homens cegos; cada um se apoiando no precedente: o primeiro não vê, o do meio não vê e o último não vê tampouco. Por conseguinte, parece-me que a condição dos brâmanes é semelhante a esta fila de homens cegos.

Nesta ocasião Buda deu a esse grupo de brâmanes um ensinamento de extrema importância: "Um homem que sustenta a verdade deve dizer:

‘esta é a minha crença’, mas por causa disto ele não deve tirar a conclusão absoluta e dizer: ‘Só há esta verdade, qualquer outra é falsa’." (Canki Lutes 95, Majjhima-Nikaya.)

Texto extraído do Site: http://www.nossacasa.net/SHUNYA/default.asp?menu=500

Originalmente do Livro:

Texto extraído do livro"Budismo: Psicologia do Autoconhecimento"

de Georges da Silva e Rita Homenko

Da Responsabilidade Em Aceitar As Coisas: KALAMA SUTTA1

Texto extraído do livro
"Budismo: Psicologia do Autoconhecimento"
de Georges da Silva e Rita Homenko
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Certa vez, Gautama Buda visitou uma pequena vila chamada Kesaputra, no reino de Kosala, cujos habitantes se chamavam Kalamas. Eles fizeram a seguinte pergunta ao Buda:

"Senhor, alguns anacoretas e brâmanes que passaram por nossa vila divulgaram e exaltaram suas próprias doutrinas e condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Depois, passaram outros que também, por sua vez, divulgaram e exaltaram as suas doutrinas e também condenaram e desprezaram as doutrinas dos outros. Mas nós, Senhor, estamos sempre em dúvida e perplexos, sem saber qual desses veneráveis expôs a verdade e qual deles mentiu."

Então o Buda respondeu:

"Sim, é justa a dúvida que sentis, pois ela se originou de um assunto duvidoso. Agora prestem atenção: não vos deixeis guiar pelas palavras dos outros, nem por tradições existentes, nem por rumores. Não vos deixeis guiar pela autoridade dos textos religiosos, nem por simples lógica ou dedução, nem por aparências, nem pelo prazer da especulação sobre opiniões, nem por verossimilhanças possíveis, nem por simples impressão ou pela idéia: ‘Ele é nosso mestre'. Mas, Kalamas, desde que souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são desfavoráveis, falsas e ruins, então renunciai a elas.., e quando souberdes e sentirdes, por vós mesmos, que certas coisas são favoráveis e boas, então deveis aceitá-las e segui-las."

Respondendo aos bhikkhus2 (monges) disse:

"Um discípulo deve examinar a questão mesmo quando o Tathagata (o próprio Buda) a propõe, pois o discípulo deve estar inteiramente convencido do valor real do seu ensinamento - Não acreditem no que o mestre diz simplesmente por respeito à personalidade dele." (Anguttara-Nikaya III, 65)

Asoka, imperador da Índia no III século a. C., seguindo o nobre exemplo de tolerância e compreensão de Gautama Buda, honrou e sustentou todas as religiões do seu vasto império. Hoje ainda é legível a inscrição original de um de seus editos gravados na rocha:

"Não devemos honrar somente nossa religião, condenando as outras; devemos acima de tudo respeitar todas as crenças, pois sempre há algo a ser apreciado por esta ou aquela razão. Agindo desta forma, glorificamos nossa própria crença e prestamos serviço às demais. De outro modo, prejudicamos a nossa própria religião e fazemos mal à dos outros. Por conseguinte, que todos escutem e estejam dispostos a não se fecharem às doutrinas professadas pelos demais."

Esse espírito de mútua compreensão deveria ser aplicado não somente em matéria de doutrina religiosa, mas também em assuntos nacionais, políticos, sociais e econômicos.

O Budismo se apresenta sob a forma de um sistema psicológico, moral e filosófico baseado na raiz dos fatos, que podem ser testados e verificados pela experiência pessoal, pois é racional e prático, isento de doutrinas esotéricas (ocultas).

O espírito de tolerância e compreensão foi sempre um dos ideais da cultura e civilização budista. A seu crédito deve ser dito que, durante um período pacífico de 2 500 anos, nenhuma gota de sangue foi derramada em nome do Budismo e nenhuma conversão jamais foi feita quer pela força, ou por qualquer outro método de repressão.

Notas:

  1. Sutta (pali) ou sutra (sânscrito): discursos de Gautama Buda, em prosa, que podem ser facilmente compreendidos.
  2. Bhikkhu: monge budista da Escola Theravada.

de Georges da Silva e Rita Homenko

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ALQUIMIA DAS PALAVRAS

"Eleva-te acima de qualquer altura; desce mais fundo que qualquer profundidade; concentra em ti todas as sensações das coisas criadas: da Água, do Fogo, do Seco e do Húmido. Pensa que te encontras ao mesmo tempo em toda a parte: na terra, no mar e no céu; pensa que não nasceste nunca, que és ainda embrião: jovem e velho, morto e para além da morte"
("Corpus Hermeticum", citado por Julius Evola, "ATradição Hermética", Ed. Mediterranee, Roma, 1971)
"Antes de tudo deves despir essa veste que trazes, essa veste de ignorância, princípio de todo o mal, cadeia de corrupção, envoltório tenebroso, morte viva, cadáver sensível, túmulo que arrastas contigo, ladrão na tua própria casa, que através daquilo que ama te odeia, e que através daquilo que abomina, te prejudica"
("Corpus Hermeticum", citado por Julius Evola, "A Tradição Hermética", Ed. Mediterranee, Roma, 1971)

BUDISMO E PSICANÁLISE: UM CAMINHO POSSÍVEL?


Por Caio Garrido

Somos seres simbólicos... Seres de imaginação e de identificação. Travamos uma luta conosco e com a vida diariamente. Luta esta, vista e revista em nossas ansiedades, medos e lutos inexoráveis. Vivemos no passado e no "por vir". Nunca estamos presentes no "aqui e agora". A Psicanálise e algumas filosofias orientais, como o Budismo, apresentam várias características singulares, mas também características onipresentes e entrelaçadas entre si. Tanto a Psicanálise quanto o Budismo prerrogam a "presença" no aqui e agora, de maneira a abraçar o acaso e o novo, sem estar a todo tempo atravessado por "fantasmas" do inconsciente e por ilimitadas lembranças do passado, e nem na expectativa de um futuro criado a todo o momento em nossas mentes ávidas.

O Budismo fala muito no conceito de "Vazio". O que é o "Vazio"? Vazio é a presença pura, incondicional e nua da consciência humana. É o estar vivo. É este Vazio que possibilita o "Tudo". Muito diferente do niilismo, que trata da perda de sentido para a vida. Este "estar vivo", esta presença pura e constante, que sempre esteve conosco, mas que de alguma forma nos esquecemos e nos distanciamos, é a presença que nos faz criar, dar sentido ao mundo, nos identificarmos com o mundo, as pessoas, com as coisas, e criar conceitos.

Vemos o mundo através de "Filtros". Filtros de percepção. Tanto a Psicanálise, como a Meditação, as religiões e filosofias transcendentes, como o Budismo, tratam de alterar esses filtros, proporcionando uma renovação constante deles, ou eliminação de muitos deles, descatexizando as fixações de nossas mentes, e trazendo a possibilidade de estar no mundo de forma mais relaxada, compassiva e integrada. Apesar disso, o homem sempre será um criador de conceitos, basicamente um ser desejante; se não quer desejar algo, ou não deseja algo, deseja a idéia de não desejar.

A Psicanálise vem ocupar um canal de nominar ou dar sentido ao Vazio, através de seus próprios conceitos. Já o caminho do budismo consiste em justamente se liberar dos conceitos, e apenas sentir; é ver a vida a partir de outro nível, que ultrapassa a dualidade Inconsciente/Consciente, Ego/Não Ego, Coração/Mente, Racional/Intuitivo, e outras mais, mostrando-nos a prática do "Percebimento". O que o Princípio de Prazer nos diz? Diz que, após um acúmulo de tensão, nos liberamos dessa tensão através do prazer. No Budismo há a velha máxima dita por Buda que fala que o nascimento é sofrimento, envelhecimento e doença são sofrimento, e morte é sofrimento. Mas, ao mesmo tempo, Buda ensinou que existe uma causa para o sofrimento, existe um fim para o sofrimento e existe um caminho de prática que dá um fim ao sofrimento. No Budismo toda felicidade ou prazer atingido na vida nada mais é que uma diminuição do sofrimento, mas que é totalmente fugaz e impermanente, sendo o objetivo de dar fim ao sofrimento o verdadeiro objetivo da vida, que é atingido quando chegamos ao "Nirvana", libertação espiritual ou Iluminação. Então podemos ver que Freud e Buda não estavam tão longe em termos de se entender a penúria do homem e as vicissitudes de seus desejos, prazeres e satisfações. Libertação nada mais é que a libertação das emoções negativas.

Essa tensão que está enraizada em todos nós nada mais é a "agressividade" acumulada e não direcionada para fins positivos. Será que não podemos relacionar isso à chamada "Pulsão de morte", descrita por Freud? Procuramos resgatar um "estado anterior de coisas". Como diz Freud em "Além do Princípio do Prazer": "o objetivo de toda vida é a morte", é o desejo de voltar a ser uma substância inanimada, inorgânica. Freud diz também: "Em última instância, o que deixou sua marca sobre o desenvolvimento dos organismos deve ter sido a história da Terra em que vivemos e de sua relação com o Sol". Isso mostra o que Freud nos quer dizer, ou o que podemos interpretar do que ele disse, que seria o fato de o Sol impor uma "energia", energia essa que criou e desenvolveu a vida. Essa energia podia ser descrita como uma "carga". Uma carga que todos nós procuramos despejar, nos aliviar o tempo todo em nossas vidas. E pode ser liberado através justamente do prazer. Esta "carga" pode tanto compreender essa energia primeva, na qual devemos nos livrar, mas também pode compreender toda a teia organizada em nossa mente, principalmente no inconsciente, que traz todos os traumas conscientes e inconscientes das relações com nossos pais, familiares, amigos, "inimigos"... , ou seja, todas as fantasmagorias neuróticas existentes em nossas mentes. Se levarmos em conta esse conceito de "carga", fica uma proximidade muito grande com aquilo que atende pelo nome de "Karma".

O karma espiritual nada mais é que uma lei de causa e efeito. Esse karma está embutido em nós de tal forma que não tem uma limitação que podemos descrever racionalmente. É uma causa-efeito, mas não tão aparente quanto possa parecer. Uma relação que pode ser vista e revista e comparada à Psicanálise é a compulsão à repetição. Na compulsão à repetição todos os nossos comportamentos condicionados entram em jogo, que aparece na gente como se fosse uma trilha inconsciente neuronal que sempre refaz o mesmo caminho e não deixa espaço para a criatividade e espontaneidade. E uma forma de transformação psíquica disso só pode ser viabilizada por via do Outro, e se "destituindo" de si próprio ou da preocupação excessiva como o próprio Ego ou a auto imagem.

O instinto de Eros nos diz que buscamos sempre esta tal de transcendência com o Outro. Procuramos nos ligar ao outro, às pessoas. São os chamados instintos de vida em contrapartida aos instintos de morte ou pulsão de morte. Eis que surge o amor no meio disso tudo , que é o que nos gera e que dá vazão aos nossos sentimentos. O amor respira a vida. Muitos dizem, em relação ao desejo, que a nossa "carne é fraca", mas se vermos a realidade profunda do amor e do desejo, podemos dizer que a inscrição do desejo se encontra na alma, e não na carne. O amor é a forma de encontramos uma certa fusionalidade com o outro, uma volta à sensibilidade infantil do amor glorioso e oceânico, que um dia pairou por nós como completude. O amor é a via justamente também da saída da repetição de comportamentos e de certas identidades ao que costumamos chamar de "Eu". Através do amparo e desamparo encontrados na relação amorosa se articula uma série de encontros e desencontros com o outro e consigo mesmo.

Como articular uma nova forma de desamparo? Pode haver um descompasso que se trava entre o sujeito e a sua procura de amparo no amor. A criança, no seu amparo materno, seja no campo intra-uterino ou na relação com a mãe não tem absoluta consciência disso, mas essa relação - e respectivas conseqüências psíquicas advindas dela - comandam e dão princípio a todo o "vir a ser" da pessoa. No amor, há uma procura de fechar esse buraco do desamparo, um chamado "prazer negativo". Negativo, pois procura reparar uma perda. Isso já é um aspecto muito clássico do ponto de vista psicanalítico, mas a questão fundamental em que devemos nos remeter é: Será que existe um ponto onde pode haver uma passagem? Uma espécie de transcendência disso tudo no próprio amor? Existe um mais além no amor? A consciência da experiência no mundo "adulto" é mais absoluta em relação à da criança. Consciência, que se diga aqui, é a plena consciência racional e emocional desse chamado "amor". Bion diz no seu livro "Transformações" que, por definição, o termo "consciente" relaciona-se a estados dentro da personalidade: consciência de uma realidade externa é secundária à consciência de uma realidade psíquica interna. Ele ainda diz: "Realmente, consciência de uma realidade externa depende da capacidade da pessoa tolerar ser lembrada de uma realidade interna".

Consciência do afeto, do sentimento, das sensações vividas no próprio corpo, e do corpo em contato com o outro. Isso, absolutamente, está longe da expectativa de fusionalidade. Mas o que de bom pode despertar disso, o que de fato não está ligado nem envolvido com a "agressividade" humana, pode-se dizer que pode haver até uma "agregação" de valor interno e até espiritual muito maior do que pode ter acontecido durante o período da relação mãe-bebê.

Tal possibilidade de pequena transcendência cotidiana reside no fato da experiência ser um fato consciente, onde existe uma consciência reinante sendo vivida na inter-relação entre duas pessoas. Isso não poderia ser muito mais forte e "real" do que a não lembrada vivência narcísica com a mãe? Vivência essa enlutada e distante... Distante do possível prazer presente, prazer esse visível e até positivo, transcendendo a simples cauterização do desamparo. Fato este, consciente, dissociando-se da idéia de inconsciente e pré-consciente. Há uma incredulidade; Um descrédito dos mais desavisados.

Achamos que realmente fomos expulsos do paraíso sem ao menos nunca "realmente" termos estado lá?

Enquanto o amor nos chama, o que também clama por nós é a Compaixão. Aliás, o que é compaixão? É entender no outro essa grande falta que nos corrói e constrói. Essa falta que nos move, mas que pode ser compreendida no outro, também. O Outro não é algo que corrupta sua mente. O outro deve ser visto como alguém tão "castrado" quanto você mesmo. No Budismo há a clara intenção de, na busca pela transcendência, mostrar que ela pode ser realizada via solidão meditativa. A meditação como investigação e redenção de si mesmo é positiva. Mas
isso não tira a necessidade de se estar com o outro, aprender com o outro.

A meditação pode transformar toda essa "carga" ou esse karma? O Dharma é o resultado e forma singela dessa transformação. O conceito de Dharma é se doar aos outros, ter compaixão pelas dificuldades dos outros (inconscientes, fantasiosas e reais), e pelo sentimento e sofrimento dos outros. O Dharma é enxergar o lado positivo da vida, ressignificar, mas não de uma maneira feita por uma tentativa imposta pelo consciente, e sim de uma maneira verdadeira e real, de uma mente já transformada, acolher o outro em sua essência, em seu chamado. Não é gostar da personalidade do outro, mas é compreender incondicionalmente a vida que está fluindo por detrás de todas as máscaras e percepções não reais dos outros, e acolher o outro psiquicamente.

Nossa consciência é como um campo. Um campo onde são plantadas várias coisas durante a vida. E tudo o que acontece de bom ou de ruim gera marcas nesse campo da consciência. E a Psicanálise, onde entra nisso tudo? Em tudo, praticamente... O Saber da Psicanálise consiste em ir além do Princípio da Causalidade. Então, de que forma essa causalidade se dá em nós? Essa causalidade é atemporal; é uma causalidade de transferência, de posterioridade, associativa, paradoxal, e do acaso, isto é, não se limita a um objeto que pode ser catalogado, digerido, e demonstrado por x + y = z. Nesse jogo de energias estão os instintos de vida e morte. As representações psíquicas são limitadas para dar conta do nível de energia da pulsão de morte. A Pulsão de Morte tenta desfazer as ligações psíquicas. E é característica e tarefa de nossa instância psíquica, nosso "Eu", nunca se satisfazer, justamente para dar conta desta "energia". Isso o Budismo fala claramente, de que não há satisfação mundana. O homem procura a todo o momento a realização, a satisfação, mas logo que há uma certa satisfação, já é necessário outro desejo para cumprir com a tarefa de ser feliz. Ser feliz parece ser sempre uma tarefa a ser cumprida, e nunca apenas "Ser" é o bastante, nunca apenas estar "aqui e agora", com a mente clara e vívida, sem desejos, podendo permanecer "aqui" em um estado de pleno contentamento.

Site:

http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2009/11/budismo_e_psicanalise.html

(segunda-feira, 28 de dezembro de 2009)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Buraco Negro (Quasar)

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Cigarro logo pela manhã

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Cigarro logo pela manhã

Hoje em dia todos sabem que o cigarro faz mal para saúde! Mas você sabia que até a pouco tempo atrás esta notícia não era sequer veiculada? Até os anos 80, o ato de fumar era considerado elegante... Bom, a indústria de cigarros sabia que fazia mal, mas também sabia que se disponibilizasse fotos de pulmões com câncer, de crianças prematuras, de pessoas tendo infartos, venderia menos cigarros, por isto fez o quanto pôde para esconder estas informações da população.

Uma em cada seis pessoas do mundo fuma!

Mas, felizmente, este quadro mudou e existem milhares de propagandas anti-fumo. Mesmo assim, alguns “teimosos” insistem em continuar fumando! Está certo que a maior parte deles já virou dependente da nicotina e das outras substâncias presentes no cigarro, mas existem ainda alguns jovens que, apesar de todas as propagandas esclarecedoras, teimam em experimentar o cigarro. Quando menos esperam, já estão viciados também. Assim, existem cerca de 1,2 bilhão de fumantes no mundo, isto quer dizer que aproximadamente uma em cada seis pessoas fuma.

Mesmo com as contra-propagandas ainda hoje existem pessoas que começam a fumar...









Este dado é muito alarmante, já que o tabaco foi responsável por matar cerca de 4 milhões de pessoas só no ano de 2000. As estatísticas do Instituto Nacional do Câncer e do Ministério da Saúde indicam que o número de fumantes no Brasil diminuiu desde 1989 em aproximadamente 10%. Isto já é uma vitória! Mas ainda é pouco...

Outra pesquisa foi realizada pelo Instituto do Coração com 3.800 fumantes da cidade de São Paulo, com idade média de 41 anos e que fumavam há cerca de 22 anos. Ela mostrou que a maioria dos dependentes (42%) fuma cerca de 20 cigarros por dia. Outro dado alarmante: 72% dos pesquisados fumam o primeiro cigarro antes do café da manhã, sendo que 40% o fazem em até cinco minutos depois de despertar!

Na mesma pesquisa, estes fumantes manifestaram que não querem depender do cigarro para sempre. A maioria (60%) também afirmou que desejaria parar de fumar num prazo de 30 dias, dizendo-se pronta para largar o vício. Mas infelizmente nesses casos, nem sempre “querer é poder”. A maior parte dos fumantes tentaram parar e não conseguiram.

O tabagismo é uma doença muito difícil de ser curada!

Outro dado chocante é que 57% dos fumantes relataram que não param de fumar nem quando estão doentes. Isso acontece porque já estão viciados na nicotina, passando a ser dependentes químicos dela. Como acontece em outros tipos de vício, o que ocorre é a necessidade do fumante de ingerir uma quantidade cada vez maior de cigarro para que consiga ter a mesma sensação de satisfação e prazer adquirida anteriormente, o que, conseqüentemente, o leva a consumir doses maiores, ou seja, a fumar mais.

O ato de fumar, ao contrário do que pensam muitos, acaba se tornando uma doença e não basta apenas a força de vontade para largar o vício. É necessária ajuda médica e psicológica. Portanto, é necessário que o jovem pense várias vezes antes de dar a primeira tragada!

Obtido no Site:

http://clickeaprenda.uol.com.br/mostraConteudo.action?nivel=M&codigoPagina=NOT0809150801

Teorema de Pitágoras

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Teorema de Tales Exercícios Comentados Passo a Passo

Ainda sobre o Teorema de Tales...

Relações do Teorema de Tales

Teoremas de Pitágoras e Tales (2)

Teoremas de Pitágoras e Tales (1)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aceitação (Osho)

O Tantra diz para aceitar tudo o que você é. Você é um grande mistério de muitas energias multidimensionais; aceite isso e se porte com cada energia com uma profunda sensibilidade, com consciência, com amor, com compreensão. Mova-se com ela! Então cada desejo se torna um veículo para ir além, cada energia se torna uma ajuda; então este mesmo mundo é o nirvana e este mesmo corpo é um templo, um templo sagrado, um lugar sagrado.

O Tantra diz que não existe nenhuma dualidade. Se existir a dualidade, você não pode uni-las e, não importa quanto você tente, elas permanecerão duas; não importa como você as uma, elas permanecerão duas e a luta continuará, o dualismo permanecerá.

Se o mundo e o divino são dois, então eles não podem ser unidos. Se eles não forem realmente dois, se apenas aparentarem ser dois, só então podem ser um. Se o seu corpo e sua alma forem dois, então eles não poderão se unir; se você e Deus forem dois, não haverá possibilidade de uni-los; eles continuarão sendo dois.

O Tantra diz que não há dualidade, que ela é apenas uma aparência. Portanto, por que ajudar a aparência a se fortalecer? O Tantra pergunta por que ajudar essa aparência a de dualidade a se fortalecer?
Dissolva-a neste exato momento! Seja um!
Através da aceitação você se torna um, e não através da luta. Aceite o mundo, aceite o corpo, aceite tudo o que for inerente a ele. Não crie um centro diferente em você mesmo, pois para o Tantra esse centro diferente nada mais é do que o ego. Não crie um ego e simplesmente fique consciente do que você é. Se você lutar, então o ego estará presente.

O Tantra diz para não lutar! Então não há possibilidade para o ego... Se entendermos o Tantra, haverá muitos problemas, porque para nós, se não houver luta, haverá apenas permissividade. Para nós, nenhuma luta significa permissividade. Mas para o Tantra a permissividade então é a “nossa” permissividade. O Tantra diz para ser permissivo, mas com consciência.

Você está com raiva... O Tantra não dirá para não ficar com raiva, mas para ficar inteiramente com raiva, mas esteja consciente.
O Tantra não é contrário a raiva, mas é apenas contrário ao estado de sono espiritual e à inconsciência espiritual. Esteja consciente e esteja raivoso, e este é o segredo do método: se você estiver consciente, a raiva é transformada e se torna compaixão. A mesma raiva, a mesma energia, se tornará compaixão.

Se você lutar com ela, não haverá possibilidade de acontecer a compaixão. Assim se você for bem sucedido em lutar, em reprimir, será uma pessoa morta. Não haverá raiva porque você a reprimiu, mas também não haverá nenhuma compaixão, porque somente a raiva pode ser transformada em compaixão. Se você for bem sucedido em sua supressão, o que é impossível, então não haverá sexo, mas também não haverá amor, porque com o sexo morto, não há energia para crescer em amor. Você ficará sem sexo, mas também ficará sem amor, e então todo o ponto é perdido, porque sem amor não hã divindade, sem amor não há libertação, sem amor não há liberdade.

O Tantra diz que essas mesmas energias dever ser transformadas; em outra palavras: se você for contra o mundo, não haverá nirvana, porque esse mesmo mundo é o que deve ser transformado no nirvana. Então você estaria contra as energias básicas que são a fonte.
Dessa maneira, a alquimia tântrica diz para não lutar, para se amigável com todas as energias que lhe foram dadas. Acolha-as, sinta-se grato por você sentir raiva, por você ter sexo, por você ter ganância. Sinta-se grato porque essas são as fontes ocultas, e elas podem ser transformadas, podem ser abertas. E, quando o sexo é transformado, ele se torna amor, e o veneno desaparece, o que é feio desaparece.
A semente é feia, mas quando se torna viva, ela brota e floresce, e então há beleza.
Para o Tantra, tudo é sagrado. Lembre-se disto: para o Tantra tudo é sagrado, nada é profano. Olhe para isso desta maneira: para uma pessoa irreligiosa, tudo é profano; para uma pessoa pretensamente religiosa, uma coisa é sagrada e outra é profana. O Tantra diz que tudo é sagrado, e é por isso que não podemos entendê-lo. Ele é o ponto de vista não-dual mais profundo – se pudermos chamá-lo de ponto de vista. Ele não é, porque todo ponto de vista fatalmente é dual. Ele não é contra coisa alguma; portanto, não é um ponto de vista, mas uma unidade sentida, uma unidade vivida.

(Osho – partes extraidas do Tantra o caminho da aceitação)

domingo, 13 de dezembro de 2009

O TAO DA FÍSICA


Em virtude do engajamento juvenil de Fritjof Capra, ao clima de constestação dos anos 60, que procurava romper os limites e convenções sociais de então - e que dava aos jovens um profundo sentimento de coesão e apróximação, numa identidade revolucionária -, Capra, assim como vários outros, como os Beatles, sentiu-se estimulado a estudar e, acima de tudo, vivenciar formas não ocidentais de percepção do mundo e de resgatar os valores e culturas de povos ou etnias consideradas por nossa arrogância como exóticas ou "inferiores" aos do ocidente industrial. Daí seus profundos estudos sobre a filosofia oriental e das tradições culturais xamânicas e indígenas de outras culturas não ocidentais. Tudo isso, toda essa aproximação com o diferente, porém, feita sem negligenciar, por um só momento, das tradições e do desenvolvimeto intelectual do ocidente, naquilo que ele tem de melhor. Por isso, Capra se encontrava e trabalhava com nomes como Werner Heisenberg, Geoffrey Chew, Stanislav Grof, Gergory Bateson que compartilhavam igualmente de grande interesse por estas culturas, assim como Allan Watts, Carlos Castañeda, e tantos outros. Nunca abandonou suas pesquisas em Física de alta energia e relizou várias delas em universidades como as de Paris, Santa Cruz, Imperial College de Londres e Berkeley. Além disso, ele começou a experienciar algumas abordagens orientais de meditação e exercícios tais como o T'ai Chi Ch'uan e a Yoga, a conhecer o pensamento de filósofos orientais contemporâneos, como Krishnamurti, bem como participar de alguns grupos de encontro naquilo que se chamaria de Psicologia Humanista e em debates sobre Ecologia com pessoas que buscavam experienciar formas alternativas de convivência, de sentir e compartilhar com outros, vivenciando mais plenamente o contato interpessoal, num aspecto que era típico da segunda metade dos anos 60, e que tão forte participação tivera nos movimentos políticos de então.

Em um verão de 1969, Capra estava sentado em frente ao mar, numa praia da Califórnia, observando as ondas e refletindo sobre os vários movimentos rítmicos da natureza: as ondas, as batidas do coração e o rítmo da respiração associando-os ao que ele sabia, intelectualmente, sobre a "estrutura" física da matéria, que é composta de moléculas e átomos em constante vibração... Bom, a união disso tudo, somado aos seus estudos e vivências de tantos anos em Física, juntamente com a visão paradisíaca da praia em que estava, acabou por estimular em Capra, subtamente, aquilo que os piscólogos transpessoais, especialmente Abraham Maslow, chamam de "peak experiences", ou experiências culminantes, que são "estalos" intuitivos, ou, como falam os americanos, "insights" de súbita compreensão intuitiva sobre algo que se percebe e que está, frequentemente, além do nível convencional de racionalização linear... Segundo as palavras do próprio Capra:

"Neste momento, subitamente, apercebi-me intensamente do ambiente que me cercava: este se afigurava a mim como se participasse, em seus vários níveis rítimicos, de uma gigantesca dança cósmica. Eu sabia, como físico, que a areia, as rochas, a água e o ar ao meu redor eram constituídos de moléculas e átomos em vibração constante (...). Tudo isso me era familiar em razão de minha pesquisa com a Física de alta energia; mas até aquele momento, porém, tudo isso me chegara apenas através de gráficos, diagramas e teorias matemáticas. Mas, sentando na praia, senti que minhas experiências anteriores subtamente adquiriam vida. Assim, eu "vi" (...) pulsações rítmicas em que partículas eram criadas e destruídas (...) Nesse momento compreendi que tudo isso se tratava daquilo que os hindus, simbolicamente, chamam de A Dança de Shiva (...)".

"Eu passara por um longo treinamento em Física teórica e pesquisara durante vários anos. Ao mesmo tempo, tornara-me interessado no misticismo oriental e começara a ver paralelos entre este e a Física moderna. Sentia-me particularmente atraído pelos desconcertantes aspectos do Zen que me lembravam os enigmas da Física Quântica (...)

Fritjof Capra in O Tao da Física (com adaptações minhas), Prefácio.

Hoje em dia, 30 anos depois desta experiência, os paralelos entre ciência moderna - a grande semelhança na forma de ver e entender o mundo que advém da exploração da física subatômica, em especial a Mecânica Quântica, e da Teoria da Relatividade de Einstein - e as várias tradições místicas, quer do oriente, quer do ocidente, já é questão muito debatida e quase lugar comum e é reconhecida por inúmeras pessoas, especialmente em cientistas e escritores como Mário Schenberg, David Bohm, B. D. Josephson, Pierre Weil, Stanislav Grof e muitos outros. O próprio Carl Sagan, geralmente tão cético e explicitamente arredio a estes assuntos, em sua obra prima, Cosmos, se detém, em um de seus capítulos, entre estes paralelos. Mas, antes de Capra, poucas pessoas haviam percebido estes paralelos, ainda que entre os poucos se encontrassem nomes de peso como Niles Bohr e Werner Heisenberg. Capra sabia disso, e, por causa desta experiência por que passara em 69, ele se decidiu - na verdade, se arriscou - a escrever um livro que demonstrasse esses extraordinários paralelos. Foi daí que nasceu, em 1975, seu best seller O Tao da Física que mostrou a milhões de pessoas a realidade destes paralelos e deixou claro que, por mais sofisticados que sejam nossas descrições e modelos sobre a realidade, estes serão apenas construtos e mapas de nossa compreensão mental sobre o mundo.

Convém, no entanto, desde já, expor aqui algo que, numa avaliação superfial de muitos - às vezes, com uma adicional dose de polêmica e má fé-, é freqüetemente imputado à Capra:

A Ciência ocidental moderna não é inferior e nem está, grosso modo, simplesmente redescobrindo ou endossando a sabedoria antiga. Ela simplesmente está, por seu próprio método racional e analítico, chegando a um ponto em que suas teorias passarm a refletir uma realidade física que tem muito em comum com a forma de como o místico (o autêntico místico dedicado ao seu desenvolvimento espiritual e do próximo, sem querer impor sua forma de vida e nem comercializá-la como muitos pseudo-místicos de nossos dias) descreve o mundo quando experiencia seus estados alterados de consciência. Por isso não faz sentido se abraçar, como alguns dizem, por conta dos extraordinário paralelos existentes sobre a percepção de mundo do físico e do místico, o método do místico para enriquecer a ciência ocidental ou para proporcionar uma síntese entre ambas as abordagens. A mistura dessas duas abordagens seria um erro tremendo, pois teriamos uma massa informe, e não aspectos complementares de se entender a realidade. Capra nunca falou isso, muito pelo contrário. Eis o que ele escreve em O Tao da Física:

"(...) Considero a ciência e o misticismo como manifestações complementares da mente humana, de suas faculdades intelectuais e intuitivas. O físico moderno experimenta o mundo através de uma extrema especialização da mente racional; o místico, através de uma extrema especialização de sua mente intuitiva. As duas abordagens são inteiramente diferentes e envolvem muito mais que uma determinada visão de mundo físico. Entrentanto, são complementares, como aprendemos a dizer em Física. Nenhuma pode ser realmente compreendida sem a outra; nenhuma pode ser reduzida à outra. Ambas são necessárias, suplementando-se mutuamente para uma compreensão mais abrangente do mundo. Parafraseando um antigo provérbio chinês, os místicos compreendem as raízes do Tao mas não os seus ramos; os cientistas compreendem seus ramos, mas não as suas raízes. A ciência não necessita do misticismo e este não necessita daquela; o homem, contudo, necessita de ambos. A experiência profunda da mística é necessária para a compreensão da natureza mais profunda das coisas, e a ciência é essencial para a vida moderna. Necessitamos, na verdade, não de uma síntese, mas de uma interação dinâmica entre intuição mística e a análise científica" (1995, p. 228).

Convém dizer que esta mesma idéia é tanto adotada por cientistas, como Grof (1988), LeShan (1993), Goswami (1998) quanto por teólogos, como Leonardo Boff (1994) e Frei Betto (Boff & Betto, 1995) e místicos (Satya Sai Baba), por exemplo. Aliás, já Einstein dizia que "Ciência sem religião é cega; religião sem ciência é paralítica"... Por isso, é bom ter cuidado com as exaltações ou radicalismos de ambos os lados, tanto da ciência extremamente mecanicista, quanto a de pseudo-místicos que pipocam à torto e a direito por todas as partes... O que se pretende é se erigir pontes para a troca interdisciplinar de conhecimentos e se chegar a um entendimento o mais abrangente e unitivo possível de nossa realidade, não uma mistura inconsequente de disciplinas.

O grande sucesso, porém, alcançado por O Tao da Física e o contato com várias pessoas em palestras e aulas, levaram Capra a perceber uma sutil realidade: não era a relação descritiva dos avanços da ciência, em si, e nem a descrição dos insights dos místicos que mais tocavam as pessoas ao lerem O Tao da Física, era um algo mais : "o reconhecimento das semelhanças entre a física moderna e o misticismo oriental faz parte de um movimento muito maior, de uma mudança fundamental de visões de mundo, ou paradigmas, na ciência e na sociedade, que agora estão se manifestando por toda a Europa e América, e que implica uma profunda transformação cultural. Esta transformação, esta profunda mudança de consciência, é o que as pessoas sentiram intuitivamente nas últimas duas ou três décadas, e é por isso que O Tao da Física tangeu uma corda tão sensível" (Capra, 1995, p. 241).

Autor: Carlos Antonio Fragoso Guimarães. Artigo retirado da pagina:http://www.geocities.com/Vienna/2809/espiritual.html

sábado, 12 de dezembro de 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

You Know My Name (Chris Cornell) Traduzida

You Know My Name

Você Sabe o Meu Nome

If you take a lifeSe tirar uma vida
Do you know what you'll give?Você sabe no que dará?
Odds are you won't like what it is.O mais provável é que você não vai gostar do que vai ser
When the storm arrivesQuando a tempestade chegar
Would you be seen with me?Você seria visto comigo?
By the merciless eyes i've deceivedPelos olhos impiedosos que eu iludi
I've seen angels fall from blinding heightsVi anjos cairem de grandes alturas
But you yourself are nothing so divineMas você mesmo não é nada tão divino
Just next in lineApenas mais um na fila
Arm yourself because no one else here will save youArme-se porque ninguém aqui vai te salvar
The odds will betray youAs probabilidades vão te trair
And i will replace youE eu vou te substituir
You can't deny the prize it may never fulfill youVocê não pode negar que o premio nunca pode te satisfazer
It longs to kill youEle deseja te matar
Are you willing to die?Você está disposto a morrer?
The coldest blood runs through my veinsO sangue mais frio corre pelas minhas veias
You know my nameVocê sabe o meu nome
If you come insideSe você entrar
Things will not be the sameAs coisas não vão ser as mesmas
When you return to the nightQuando você voltar para os meus olhos
If you think you've wonE se você acha que ganhou
You never saw me changeVocê nunca me viu mudar
The game that we've been playingO jogo que estavamos jogando
I've seen diamonds cut through harder menEu vi diamantes cortarem homens mais fortes
Then you yourself but if you must pretendDo que você mesmo, mas se tiver de fingir
You may meet your endVocê poderá encontrar o seu final
Arm yourself because no one else here will save youArme-se porque ninguém aqui vai te salvar
The odds will betray youAs probabilidades vão te trair
And i will replace youE eu vou te substituir
You can't deny the prize it may never fulfill youVocê não pode negar que o premio nunca pode te satisfazer
It longs to kill youEle deseja te matar
Are you willing to die?Você está disposto a morrer?
The coldest blood runs through my veinsO sangue mais frio corre pelas minhas veias
Try to hide your handTente esconder a sua mão
Forget how to feelEsqueça como se sente
(forget how to feel)[esqueça como se sente]
Life is gone with just a spin of the wheelA vida se foi, assim como o giro de uma roleta
(spin of the wheel)[giro de uma roleta]
Arm yourself because no one else here will save youArme-se porque ninguém aqui vai te salvar
The odds will betray youAs probabilidades vão te trair
And i will replace youE eu vou te substituir
You can't deny the prize it may never fulfill youVocê não pode negar que o premio nunca pode te satisfazer
It longs to kill youEle deseja te matar
Are you willing to die?Você está disposto a morrer?
The coldest blood runs through my veinsO sangue mais frio corre pelas minhas veias
You know my nameVocê sabe o meu nome